DISEASE AMONG US - PLAYLIST

sábado, 12 de março de 2016

Disease Among Us 1#

Season 1, Episode 1: O Escritor


Sabe, não é todo dia que se faz algo interessante... Normalmente a gente fica ali parado, pensando no que fazer. 
"O que você quer fazer da vida?"
Tem sempre a mesma resposta... Ah, construir uma linda família, muito feliz, ter um pouco de dinheiro, uma casa bonita, um cachorro fiel, um emprego legal, um pouco de diversão, não me estressar tanto, patati patatá. 
Eu não faço ideia se Deus (?) pensou no homem indeciso que só copiava a resposta do último que saiu, ou se simplesmente ficou biruta. Porque ficar mais de 50 mil anos cuidando da raça humana deve realmente mexer com a pessoa, certo?
 Bom, antes que você caia em cima de mim por blasfêmia, vou dar um resumão do que está por vir, OK? 
Tem um cara que se chama Robert Fulldoom. Ele escrevia uns livros BEM famosos. O cara era podre de rico, mas um alcoólatra do caramba. 
Diziam que ele teve um caso de pedofilia com a professora de português que era uns 20 anos mais velha. Sabe-se que o coitado do moleque foi obrigado a todo tipo de tortura. Desse tipo mesmo, seu macaquinho doentio. Quando a mulher foi presa, o Betinho tava traumatizado. Com a comoção nacional, bastou ele crescer e escrever uns garranchos numa folha de papel e pá, ganhou quantos prêmios você pode imaginar. 
Sabe aquelas estátuas que os astros de Hollywood têm em casa? Oswaldo...? Não, Oscar... Isso, Oscar. 
Ele nunca ganhou nenhum, ganhava uns troféus em forma de livro. Eu me lembro do cara sorrindo na TV. Todo de preto, chapéu de caubói, dentes tão brancos que não dava pra olhar fixamente, um óculos que refletia o brilho dos olhos do homem até os seus e aquele lenço vermelho xadrez fora de moda que por algum motivo ele inventou de amarrar no pescoço. 
Eu já tentei ler um dos livros dele. Não entendi absolutamente nada, ele usa palavras difíceis que fazem seus livros parecerem dicionários de mistério. E, levando em conta que o cara é o Google humano, não tem nada que ele não possa responder.
Ele andava em belos carros com morenas, loiras, ruivas e asiáticas. Era uma beleza, o lenço do cara voava pra todo lado porque ele fazia questão de passar QUALQUER limite de velocidade em pelo menos 40km/h a mais. Acho que é por isso que ele usava o maldito lenço, pra se exibir.
Ele tinha tanta grana que doava uma quantia miserável pra caridade, e depois saía pra comer no restaurante 5 estrelas mais próximo. Um cara mimadinho e cheio de birra que não curtia não ter o que tinha.
Levando em conta TUDO isso, você deve estar imaginando que não tem como ele ficar mais mesquinho. Tem, sim. O tamanho da arrogância do cara deixa o Universo desmoralizado. No dia das bruxas, um grupo de crianças faveladas jogou um ovo na porta dele. No dia seguinte, uma organização mercenário-terrorista foi vista incendiando barracos. Que gentil da parte dele mandar um alô para as crianças pobres da Geórgia!


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