Disease Among Us S6 #6

Season 6, Episode 6: A decisão de Alaska

Aiden foi o primeiro a levantar a cabeça depois do tiro fazer todos os passageiros se jogarem no chão. Ele já tinha sacado a 1911, e aberto a porta do seu lado.
Usando a porta como cobertura, Aiden tentou analisar a situação. Talvez ver onde o atirador estava. Mas não podia se arriscar; Quem quer que tivesse atirado com certeza tentaria de novo.
E ele era um alvo muito fácil.
"Jock, tire a gente daqui." Disse ele, batendo a porta e voltando a ficar abaixado. Jock não respondeu. Girou a chave para ligar o carro, pegou o fuzil e chutou a porta.
"Jock, que merda você está fazendo?" Perguntou Mellanie. Jock não a ouvia. Agora só pensava no fogo. Só pensava em como queria fazer aquele insulto - Aquele tiro fora um insulto - não passar despercebido.
O atirador percebeu Jock. Ele deu mais um tiro, mas a porta do carro protegeu o homem.
A coronha do fuzil de Jock destruiu o vidro da sua proteção, e ele começou a disparar cegamente, na esperança de acertar alguma coisa.
"Isso não vai funcionar." Disse Mellanie. Puxou a MP5 de debaixo do assento e destravou-a. Aiden observou a mulher por alguns segundos.
"Isso é suicídio."
"E daí?"
Dan suspirou. De todos os grupos do mundo, tinha que estar preso com o mais confiante.

Edwin tinha tomado um tiro no peito. Ele estava se debatendo de dor. Alaska engoliu em seco. A mulher tinha que se decidir entre Shane e Edwin.
Santo Deus, pensou ela. Ela estava grávida, pelo amor de Deus. Não devia nem estar pensando nesse tipo de pressão. Mas, a seu lado, Dexter e Carl ainda estavam fazendo todo o possível para defender o pequeno grupo dos ataques dos... Bom, quem quer que fossem aqueles selvagens. Barbudos, sujos, com jaquetas de couro surradas, todos furiosos. Alguns jaziam no chão mortos, outros pareciam nem ligar para os tiros.
Dexter estava impressionado com Carl. Julgava ter em mãos um garoto inútil, talvez um peso morto, mas não. O garoto tinha se mostrado um matador nível A+. Não que isso fosse algo pra se orgulhar, Dexter pensou, mas no momento era tudo que ele podia querer.
Deslizou mais um pente para dentro do rifle e atirou de novo. Ouviu um grito.
"Derrubei mais um de vocês, panacas! Quando vocês vão desistir?!" Bradou Dexter, mas os seus adversários nem o ouviram sob o barulho de motores e tiros.
Foi aí que um dos Walkers que estavam rodeando as chamas de Dreamland, mais ao longe, percebeu a movimentação.
Um, dois, três errantes começaram a caminhar até aquela comoção, bocas podres abertas, mordendo o ar, erguendo os braços para dar seu abraço faminto.
Três logo se tornaram seis. Seis logo se tornaram dez. Alaska estava tratando Edwin quando virou-se.
Uma horda. Uns trinta Walkers. Sabia que não podia levar os dois.
Ela olhou para Edwin. Ele era fraco. Precisava de ajuda. Abraçou-o, aproveitando seu estado desacordado.
Seus olhos caíram sobre Shane. Mulherengo, arrogante, mas...
...mas ele tinha perdido tudo.
Perdera a mulher que tinha amado - Bom, a mais recente e com mais fervor - e perdera o filho. Seu estômago se contraiu. Talvez ele merecesse aquilo.
Ela tomou a decisão mais difícil de sua vida.
Alaska soltou Edwin e agarrou o braço de Shane, levantando-se entre os tiros.
"TEMOS QUE IR AGORA!" Gritou ela, chamando a atenção de Carl e Dexter. Eles prontamente se levantaram, atirando para cobrir Alaska.
Os Walkers avançaram sobre o repórter caído.

Jock tinha conseguido acertá-lo. Um fio de sangue descia pelo braço do atirador.
O Campeão tinha dado uma ordem simples, porra. Mate qualquer um que se aproximar de Dreamland depois do incêndio. Tudo que ele tinha que fazer era matá-los. Mas não; Quis provar que era bom de verdade. E agora ele tinha sido aleijado pelo maldito caipira.
Mas ainda não estava vencido. Não deu nenhuma chance para Jock ir checar se estava morto mesmo; Aguentou a dor, enfiou outro pente no rifle e mirou diretamente sobre a cabeça dele.
Era hora de atirar.
E então, uma dor agonizante encheu seu peito.
Deus, parecia que tinham enfiado uma lâmina nele. Ele tentou se virar, mas algo estava segurando-o no chão. Ele gritou, mas não recebeu piedade. Estava próximo da morte quando arrancaram a lâmina das costas dele.
Alguém o levantou com certo esforço. Os braços... Era um homem. Um adolescente. Devia ter 17, 16 anos? Não viu a face do agressor antes de desmaiar.

Anthony Clark sinalizou para Jock Maxuel e o resto do grupo. Tinha feito um prisioneiro. E pensar que tinha saído de Wiltshire com uma bicicleta pra ver se conseguia achar um bolo na padaria próxima.