DISEASE AMONG US - PLAYLIST

quarta-feira, 25 de março de 2020

Disease Among Us S7 #4

Season 7, Episode 4: Um dia você se arrependerá

Jock acordou de súbito. Percebeu que ainda estava na van, dormindo sobre o volante.
Estava escuro lá fora. Deus, ele tinha que ir procurar...
A porta do passageiro se abriu. Marcus sentou-se ali dentro, carregando uma mochila cheia de suprimentos.
"Desculpe a demora. Tive que esperar uma horda passar." Explicou-se Marcus.
"Tudo bem. Conseguiu tudo?" Jock girou a chave enquanto Marcus fechava a porta. Os faróis iluminaram a floresta escura enquanto ele dava ré.
"Sim, tudo aqui. Acho que vai animar o pessoal."
Marcus lembrou-se de tudo que os fuzileiros tinham ensinado; Mantenha as latas embaixo dos sacos para evitar fazer barulho, esconda uma no bolso para fazer uma boquinha a qualquer hora...
Jock, por outro lado, achava difícil que as latas de alimentos animassem o espírito depressivo do grupo, mas talvez os residentes de Wiltshire Estates apreciassem a boa vontade deles.
Ficar do lado bom das pessoas tinha se tornado uma prioridade.
Ele não sabia direito no que erraram das outras vezes. Talvez fossem simplesmente muito azarados. Ou violentos. Ou talvez fosse apenas destino que todas as comunidades que encontrassem tinham que se mostrar hostis.

Recentemente, o movimento todo e o boato sobre os Salvadores tinha colocado os moradores mais antigos de Wiltshire em alerta. Martinez estava morto, assim como Alexia. O líder provisório era Pete Davies.
Pete andava tentando cimentar sua posição na comunidade há algum tempo, e aquele grupo era a melhor coisa que tinha acontecido com ele desde que Wiltshire Estates quebraram a aliança com Robert Fulldoom há três meses. Embora todos soubessem que Fulldoom tinha ficado louco, ele tinha um jeito eficiente de fazer as coisas.
Isso incomodava Pete. Gostava de seguir as próprias regras.
Ele pensou nisso, apoiando a mão no queixo enquanto olhava pela janela. Seu filho Aaron estava lá fora com aquele garoto, Carl, ele achava, que tinha chegado do grupo da prisão. Normalmente implicaria com Aaron; Ele deveria estar lá dentro, estudando. Mas agora ele pensava em seu filho como uma importante estratégia para saber o que se passava naquele círculo de sobreviventes estranhos. Não tinha conseguido se aproximar de ninguém; Mellanie, Jock e Aiden eram fechados, Anthony nunca estava por perto e ele tinha um profundo medo de Dexter. Alaska, ele simplesmente ignorava. Ela era demasiado pura.
Shane era um caso á parte. Nunca pensou que ele tivesse algo a acrescentar ao grupo.
Pelo menos, eles tinham trazido um novo sobrevivente - Dan Luna. Em compensação, tinham perdido o Dr. Hercílio e Edwin, o repórter.
Ele estava curioso para saber mais sobre os Salvadores. Talvez até fazer alguns acordos...

Há quantos dias estava ali? Pareciam anos. Sem comida, bebendo as gotas geladas que pingavam do teto congelado, suspenso no gancho.
Nicolas Clark tentou, sem sucesso, balançar-se. Jogar o gancho contra a parede, talvez cortar as amarras. Não conseguiu.
A porta do freezer se abriu, deixando entrar um calor mínimo, mas muito bem vindo. Dexter aproximou-se dele.
Ele nem fez uma pergunta. Apenas deu dois murros no estômago exposto do ex-presidiário.
"Onde está Anthony?"
Sem resposta. Mais dois socos. Aquele homem tinha sido líder da porra de uma força tarefa, seus socos tinham a força de britadeiras.
"Onde está Anthony, porra?"
"Nunca vão botar as mãos nele de novo."
"Você ainda sabe falar. Bom." Disse Dexter. O próximo soco acertou o queixo de Nicolas, fazendo um fio de sangue descer rosto abaixo. "Estou cansado de interrogar sua gangue de bichas. Quem é o Campeão?"
Nicolas cuspiu sangue no rosto de Dexter. O homem deu um soco tão forte que Clark balançou no gancho.
"Se você fizer outra gracinha, corto sua mão."
Nicolas sorriu.
"Isso é tudo que você tem?"
Dexter tinha levantado o punho de novo quando Marcus e Jock entraram no freezer. Simplesmente colocaram as latas de alimento em um canto abarrotado delas.
"Desculpe, Dex. Já estamos saindo."
"Não, fiquem." Disse ele. "Eu e meu amigo queremos brincar, mas faltam duas pessoas."
"A gente topa." Disse Marcus. A dupla se aproximou.
Dexter, Jock e Marcus desamarraram os punhos de Nicolas. Então, segurando o homem debilitado, abaixaram o gancho.
Levantado sobre o gancho, os três homens abaixaram Nicolas diretamente sobre a ponta. 
"Não, espera!"
A dor lacinante encheu Nicolas Clark. Ele gritou de pavor quando o gancho penetrou...
...o ar.
Eles tinham soltado o prisioneiro. Ele tinha caído de boca no chão. Estava salvo.
Ele estava se virando quando Dexter deu dois tiros em seus pés. Ele gritou, as ondas sonoras ecoando e fazendo o gelo na parede vibrar.
"Tudo bem se não quiser falar." Disse Jock. "Temos muito tempo."
Nicolas se virou.
"Anthony está num lugar seguro. Longe das suas torturas." Disse ele. "O Campeão sou eu."
Marcus levantou a arma.
"Sou eu, e sou Zack. O Campeão não é um, e sim todos. Eu sou o Campeão. Todos somos o Camp..."
Não chegou a terminar a frase. Mudou a voz repentinamente.
"Um dia vai se arrepender disso."

Aiden abriu os olhos e respirou profundamente.
O teto branco da enfermaria. O que tinha acontecido? Eles tinham vencido?
Tentou mexer as pernas e conseguiu. As balas tinham sido removidas há dois dias. Sentiu uma dor incrível, mas precisava continuar.
Abafando o som de seus passos com frequentes grunhidos de dor, ele fez seu caminho até a pia mais próxima. Lavou o rosto, conseguiu enxergar melhor. Não foi uma visão muito boa. Ele estava um caco.
Cambaleante, ele conseguiu vestir uma camisa suja abandonada numa cadeira. Trocou a toalha ensanguentada amarrada na cintura por uma jeans e um cinto, e foi assim que cambaleou pra fora da enfermaria.
Era noite e não havia ninguém á vista.
Ainda um pouco confuso, ele tentou lembrar o caminho até a casa. Fez o que pôde, mas caiu na grama.
Foi então que ele ouviu.
Um urro. Um grunhido. Ali dentro. Aiden olhou para o lado. Porra, era um Walker. E ele não tinha nada para se defender.
Começou a se arrastar para longe, mas eles o perceberam e o seguiram. Ele agarrou o corrimão de uma escada numa casa.
Sentiu o toque podre do monstro. Sabia que tudo acabaria ali. Mas não se entregaria sem luta.

Dan Luna segurou a forma alucinante de Aiden Pearce enquanto ele fazia de tudo para socá-lo, gritando e gritando. Ele tinha dito a Mellanie que os sedativos eram muito fortes, mas isso era demais. Ele tinha topado com Aiden, saindo como um bêbado da enfermaria e vestindo um moletom como calça e um guardanapo amarrado no pescoço.
Realmente, eles tinham que checar se o Dr. Hercílio não usava toda a cocaína em anestésicos.

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