DISEASE AMONG US - PLAYLIST

sábado, 21 de março de 2020

Disease Among Us S6 #9

Season 6, Episode 9: Louisville

"Como assim a gente não pode ir?" Perguntou Carl.
Mellanie suspirou e virou-se para o garoto, apoiando-se na porta do caminhão.
"Vai ser perigoso. Não podemos levar vocês. Vocês dois sabem disso." Explicou ela, de novo. "Além disso, vocês têm coisas pra fazer aqui."
"É, tipo ficar andando pelo pátio igual um banana." Comentou Anthony baixinho. "A gente pode ajudar. Você sabe disso."
"Não é minha decisão." Ela mordeu os lábios. Tinha sido decisão dela, sim; Dexter tinha dito que os garotos seriam um bom suporte, e Shane estava ficando cada vez mais distante do grupo.
Só confiava em Anthony. Insistiu que ele fosse junto a todo custo.
Mas ela conseguiu convencê-los de que eram só crianças, de que iam atrapalhar, que iam se arriscar por nada.
O prisioneiro deles - Ele disse se chamar Zack - estava instalado na caçamba, onde o grupo tinha amarrado uma poltrona da melhor forma que podiam. Ali ele estava amarrado, os pulsos doendo e a mente ainda perturbada pela tortura dos dias anteriores. Se arrependia de ter atirado.
Os garotos eventualmente desistiram de tentar entrar no caminhão. Foram se afastando, desgostosos. Mellanie deu um suspiro de alívio. Não podia perder os dois. Não agora.
Virou-se para trás. Aiden estava checando as amarras de Zack.
"O que acha que vamos encontrar lá?" Perguntou ela.
"Preciso descobrir quem é o Campeão. O tal chefão deve saber." Respondeu Aiden, sem levantar os olhos.
Desde Dreamland, ele estava mais distante. Eles estavam construindo algo bonito antes disso... Ela tinha sentido um certo amor por trás da casaca grossa e da pose de durão. Talvez tenha até sentido que ele estava com medo. Mas agora ele se afastara. Ficava acordado até muito tarde, parou de visitá-la, comia pouco e falava menos ainda. Era diferente do homem que os tinha liderado até ali.
"Qual é o seu problema, hein?"
Aiden não respondeu. Mellanie desceu da traseira e foi até o banco do passageiro.
Marcus virou-se, com as mãos no volante. Aquele caminhão fora mesmo um achado; Um grande veículo para construção, com um espaço gigantesco na caçamba para levar, na teoria, areia. Bastaram alguns reparos e estava como novo.
"Prenda o cinto." Pediu ele. Mellanie lançou-lhe um olhar de desdém.
"Sim, mamãe." Disse ela. Marcus deu um riso leve e apertou a buzina de leve.
"VAMOS OU NÃO VAMOS?!" Gritou ele, dando um tapa na porta do caminhão. Shane subiu na traseira, seguido por Dexter. E o grupo estava pronto.
Os sobreviventes de Wiltshire Estates abriram os portões do condomínio, e o caminhão passou por ele.
Carl e Alaska observaram o grande veículo se afastar. Alaska, preocupada. Somente Carl não conseguia sentir nada.
Ele tinha a impressão de que aquilo era o começo de algo horrível.

Zack tentou se mover na cadeira. Dan pisou no seu pé, forçando-o a se sentar novamente.
"Fica parado, porra." Disse ele. Zack lutou contra a mordaça, mas não conseguiu responder.
A viagem já durava uma hora e meia e o prisioneiro estava inquieto. Ele parecia com mais medo do que quando foi capturado.
Será que Louisville era pior?
Anthony não tinha certeza. E não podia perguntar a ninguém, escondido como estava sob as caixas de munição.

Marcus virou o caminhão para dentro da cidade.
"Porra, é pior do que eu pensei." Disse ele.
Louisville estava longe de ser uma comunidade. As ruas estavam lotadas de Walkers, devorando qualquer coisa que caísse. E o caminhão era um alvo gigantesco. Os monstros podres começaram a rodear o veículo, tentando acompanhar seu ritmo. Com o coração batendo rápido, Marcus dirigiu com cuidado, sabendo que qualquer erro poderia custar tudo.
"Você mentiu, seu merda." Disse Shane, que observava os zumbis abaixo do caminhão, a Mossberg apoiada no colo. Estava ali para intimidar; Com seu braço ferido, duvidava ser capaz de atirar bem. "Não tem nada na rua."
Zack se moveu na cadeira. Aiden arrancou a mordaça da boca dele, tirando também vários fios de barba.
"L-Louisville não é na rua." Disse ele. "É em cima."
O grupo todo virou os olhos para o céu.
Grandes pontes ligavam o topo dos prédios, feitas de metal e madeira velha, formando uma nova cidade em cima deles. Aiden percebeu um ou dois cidadãos se escondendo, observando-os.
"Fantástico..." Disse Dexter, admirado. "Eles têm uma horda inteira embaixo deles. Deve ajudar a repelir bandidos."
"Deus do céu, que panacas." Comentou Mellanie. "Um parafuso solto e todos morrem."
Marcus parou o caminhão na horizontal, para fechar um beco, e desceu. Os outros membros do grupo desceram pela caçamba, trazendo Zack, com as mãos amarradas, sob a ameaça da espada de Dan.
O beco parecia ser a entrada e saída da cidade; Conforme eles avançavam, encontraram barricadas abandonadas, cápsulas de munição usadas, garrafas de energético descartadas. Alguns corpos. Um deles se levantou, mas Aiden matou o Walker com a 1911 silenciada.
"Esta é a entrada?" Perguntou Dexter.
"Sim. É a única subida." Confessou Zack, e o grupo parou. Os cidadãos de Louisville deviam estar se escondendo. Só podia. Não eram grandes lutadores. "Vão mandar os cobradores por aqui."
"Então nós vamos recebê-los." Disse Aiden. "Marcus, pode montar uma barricada?"
"Posso tentar," Disse o homem. "Tem muito material por aqui."
E foi até as pilhas de material descartado.

Jock reclinou-se na cadeira. Tom, um dos guardas de Wiltshire, aproximou-se dele.
"Ei, Jock, onde estão todos?"
"Não me avisaram." Respondeu Jock, distante. As imagens do incêndio continuavam ocupando sua mente.
Phinn... Era a mesma coisa que acontecera com Phinn. Se Jock estivesse lá... Poderia ter salvado aquelas pessoas. Poderia ter... Salvado alguém.
Ele olhou para baixo. Dois Walkers batiam no portão de Wiltshire.
"Não me avisaram de nada..." Repetiu, para ninguém em particular.

O líder do grupo desceu do carro primeiro, enquanto dois outros Salvadores mantinham os Walkers longe.
"Que merda é essa?" Disse ele, olhando o caminhão que tapava a entrada.
"Deve ser um visitante, chefe. Mais suprimentos pra nós."
"É uma armadilha, seu asno." Disse ele. "Preparem tudo... Vou roubar esses babacas e depois vazamos."
O homem era alto. Usava uma roupa velha e suja, que refletia seu passado.... Peculiar.
O apocalipse não era a pior coisa que tinha acontecido a ele.
Ele escancarou a traseira. Uma Colt foi colocada em seu nariz.
Ele estava prestes a levantar as mãos. A pedir piedade. Porra, como fora tão estúpido? Mas então a Colt se abaixou.
Anthony Clark ficou em silêncio. Nicolas Clark ficou em silêncio.
Após o que pareceu uma eternidade, uma lágrima desceu dos olhos de Anthony.
"V-Você está vivo." Disse Nicolas. Ele abriu os braços, a roupa laranja de prisioneiro se esticou junto com ele, era uma extensão de seu corpo. Uma lembrança permanente de sua prisão.
Os irmãos Clark se abraçaram, e pela primeira vez desde a prisão, Nicolas Clark se permitiu chorar.

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