DISEASE AMONG US - PLAYLIST

sábado, 11 de junho de 2016

Disease Among Us S4 #7

Season 4, Episode 7: Matilha

O sapo estava se sentindo estúpido.
Largar o seu ambiente natural para entrar em uma cidade em busca de comida. A pele oleosa estava coberta de arranhões e raspões de seres que quiseram devorá-lo como se fosse um sandúiche.
Há dias que o sapo sobrevivia de poucas abelhas e borboletas. Moscas estavam em falta, pois com toda a carne podre andando por aí, eram atraídas e quando o sapo tentava agarrá-las, um zumbi faminto lhe presenteava com mais uma tentativa de comê-lo. A língua do sapo tinha se atrofiado em alguns centímetros, pobrezinho.
Passou por um beco escuro e cheio de poças pútridas. Confortavelmente instalado sobre uma banca de jornal, o sapo observou o céu nublado e feio. Não era como se se importasse. Coaxou. Um grunhido irritado foi ouvido e mais uma vez o sapo perdeu seu posto.
Um senhor idoso e barbudo, magro e com um dos olhos pulando para fora do crânio, tentou agarrá-lo, grunhindo e se segurando na banca. Os gibis e jornais caíram sobre ele, que mal se abalou. O sapo pulou para cima do rádio, que se ligou, e saiu, pulando.
A música não era ruim, mas fazia um barulho tremendo. Walkers se juntaram em volta da banquinha e ergueram os braços atrás de algo vivo para se banquetearem.
O grupo passou por eles silenciosamente. Os dias foram se passando e a vida na rua se tornou melhor (?) e um pouco mais fácil para se acostumarem... Eles já tinham sido atacados por uma horda, quase atropelados por um caminhão-tanque e alguns motoqueiros dispararam contra eles. Alguns Walkers mordendo um balcão ao som de "How Deep is Your Love" não era grande coisa.
"As rádios estão funcionando? Legal." Anthony roeu uma das unhas para passar o tempo. Carl comeu um Twinkies.
"Deve ser pré-gravada. Ou pode ser um CD..." Carl comentou, com pequenos pedaços de doce voando da boca. "Você quer ir lá descobrir?"
"Será que dá?"
"Dá, ué."
Carl e Anthony, aproveitando que estavam no final da fila, deram uma escapada para perto do grupo distraído. Carl subiu na banca e Anthony ajoelhou-se, observando por baixo dos pés podres.
Com agilidade, Carl arrancou o rádio da bancada e deu uma olhada rápida. Então, o atirou sobre um dos mortos-vivos e desceu. Ambos correram até seu posto.
"E aí?" Perguntou Anthony.
"É CD."
"Que merda, cara..." Anthony cuspiu. Carl riu.
"Deixa..."
Jock levantou a arma. Shane o seguiu.
"O que que há?" Aiden perguntou, sacando a 1911. Os traços de preocupação apareceram no rosto lentamente.
"Alá." Disse Jock, simplesmente apontando com o indicador.
O dedo de Maxuel apontava para vários cães que corriam, disputando um pedaço de carne podre. Com certeza estavam com raiva e puseram-se a latir, os dentes afiados mostrando sangue e carne corroída presa nos dentes.
"Porra, porra, porra, corre!" Shane gritou. O grupo largou o carrinho e pôs a correr e atirar sobre os cães que se aproximavam violentamente. Eram todos vira-latas pulguentos e fedidos; Molhados. Eram 6. Três fêmeas e três machos, aparentemente. Todos latiam, mas o preto era o que mais corria.
Os olhos fundos e cheios de raiva; As bocas babando e sangrando; O pelo molhado e bagunçado. Não  era o bom e velho Boxer do vizinho, aquele que brincava com você. Eram cachorros de rua violentos.
E um deles pulou sobre Carl.

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